Arte Gótica

No século XII, teve início uma economia fundamentada pelo comércio. Como consequência, o centro da vida social deslocou-se do campo para cidade, surgindo uma nova classe social: a burguesia. Novamente a cidade era o centro renovador dos conhecimentos, da arte e da própria organização social.
No começo do século XII, a arte românica ainda era predominante, mas já começava a aparecer mudanças que conduziriam a uma profunda revolução na arquitetura.
Assim como nos demais estilos, na arte gótica a pintura, a escultura e a arquitetura eram recursos didáticos para doutrinação dos fieis.
Na pintura as características principais são: realismo, primeiras tentativas de efeitos de perspectiva, exaltação da espiritualidade e pinturas em murais e retábulos.
Quando  a escultura, geralmente estava associada a arquitetura, uma vez que as paredes externas das catedrais contavam histórias bíblicas esculpidas e caracterizava-se por ter uma representação da figura mais alongada, para caber nas colunas (Figura 1).

Figura 1 - Crucificação - Giovanni Pisano


No século XII, uma nova arquitetura foi ganhando espaço. No século XVI os estudiosos começaram a chamá-la de gótica, pois segundo eles, sua aparência era tão bárbara que poderia ter sido criada pelos godos. Essa nova maneira de construir diferencia-se da arquitetura românica primeiramente pelo fachada, sendo que há três portais na arquitetura gótica e apenas um na românica. O portal central apresenta um dos elementos que torna essas estruturas mais iluminadas: a rosácea (Figura 2).

Figura 2 - Roseta ou Rosácea da Catedral de Chartres - Vitral em forma de flor
As principais formas de decoração inspiradora nas catedrais góticas são as esculturas, os vitrais e as tapeçarias. No entando o aspecto mais importante na arquitetura gótica é a abóbada de nervura, que difere muito da abóbada de aresta utilizada na arquitetura românica, pois deixa visível os arcos ogivais que permitiu que houvesse contruções bem altas dando a impressão de "tocar o céu" (Figura 3).

Figura 3 - Catedral de Notre Dame de Paris


REFERÊNCIAS
PROENÇA, Graça. História da arte. 17ª Edição. São Paulo/SP: Editora Ática S.A., 2010.